O correntista que tem conta no HSBC não pode ser prejudicado pela decisão do banco de sair do varejo brasileiro, afirma a Proteste Associação de Consumidores. “Se o HSBC for vendido, o cliente precisa verificar se o serviço prestado pela nova instituição é do interesse dele”, disse a associação em nota.
A Proteste aconselha que o cliente procure seu gerente para tirar dúvidas mesmo que as mudanças não sejam imediatas, mas reforça que pacotes de serviços, empréstimos, financiamentos, investimentos e juros acertados devem ser mantidos conforme estabelecido nos contratos com o consumidor.
A notícia não surpreendeu o funcionário público Kleber Gomes, de 63 anos, que trabalha no Ministério da Fazenda. “A leitura que o HSBC fez do sistema financeiro brasileiro não foi adequada, além dos escândalos na Suíça, que afetaram seu nome”, afirma. Cliente do HSBC há apenas um ano, Gomes já havia sido correntista do extinto banco Bamerindus. “Já estou acostumado com essas aquisições e crises – inclusive, perdi muito dinheiro com o Banco Econômico, e isso me ensinou a nunca centralizar minhas economias em um mesmo banco.” Ele conta que foi atraído para o HSBC pela rentabilidade do CDB, superior a outras que encontrou. Porém, acredita que a permanência dos clientes “vai depender do banco sucessor que comprar a empresa”.
Já a professora Laís Rocha, de 25 anos, visitou ontem sua agência do HSBC, no Centro de São Paulo, pela última vez. Ao ser abordada pela reportagem, tinha acabado de encerrar sua conta. “Já tinha intenção de sair, pois estava insatisfeita com o atendimento e com os juros”, diz ela, que notou redução no quadro de funcionários de sua agência nos últimos meses. “A notícia só confirmou minha decisão. Com todos os escândalos nos quais o banco se envolveu, seria impossível continuar.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.