A nota enviada anteriormente continha uma incorreção no título. Foram 1.470 empregados que se inscreveram no PDV, e não 1.740 como constou. O texto não continha erros e segue novamente:
A Embraer confirmou que seu Programa de Demissões Voluntárias (PDV), encerrado na quarta-feira, 14, concluiu o período de inscrições contabilizando um total de 1.470 empregados interessados. Segundo a fabricante de aeronaves, a partir de agora as inscrições serão avaliadas pela empresa e os inscritos serão informados sobre a aceitação da adesão até o dia 23 de setembro. Os empregados que tiverem a adesão ao PDV confirmada terão seu desligamento realizado na primeira semana de outubro.
“A Embraer acredita que o PDV dá oportunidade de decisão para os empregados e, desta forma, traz o menor impacto possível, por trazer um pacote de incentivos para aqueles que julgarem o momento propício para novos desafios profissionais ou pessoais”, disse a companhia, por meio de nota.
A Embraer anunciou em oito de agosto um PDV, como parte de uma série de medidas de redução de custos com objetivo de “superar o cenário desafiador enfrentado hoje pela indústria aeroespacial e garantir a perenidade da empresa”. O objetivo é economizar cerca de US$ 200 milhões com o conjunto de medidas para a revisão de custos, incluindo o PDV.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região tem se declarado contrário ao PDV e considera que as demissões “são desnecessárias e fruto da política da desnacionalização da Embraer e do envolvimento da empresa num caso de corrupção”, afirma a entidade.
O valor estimado como meta de economia, de US$ 200 milhões, é o mesmo montante provisionado pela companhia no segundo trimestre de 2016, relacionado à investigação nos Estados Unidos sobre alegação de “não conformidade” com o U.S. Foreign Corrupt Practices Act (FCPA). Em seu balanço trimestral, a companhia explica que esse montante é uma estimativa de um “provável desfecho” de negociações, mas salienta que o valor ainda não foi “finalmente determinado”. Desde 2010, a Securities and Exchange Commission (SEC) e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos questionam a companhia por suspeitas de irregularidades na venda de aeronaves fora do Brasil.