Opinião

Cuidado. A Aids ainda mata

No final dos anos 80 e, principalmente, nos primeiros anos da década de 90, o mundo se assustou com os efeitos mortais da Aids, uma síndrome até então pouco conhecida, que causava medo, apreensão e – sobretudo – preconceito. Não foram poucos os casos de pessoas que morreram isoladas pela sociedade, que não sabia como lidar com a doença.


Várias personalidades se foram cedo demais, deixando para trás suas histórias de vida que acabaram, de certa forma, servindo com exemplo para os que ficaram. Outros milhares de anônimos também perderam a vida, muitos esquecidos pelos próprios familares e outros até marginalizados, devido à ignorância que imperava. Aos poucos, a evolução da medicina e a conscientização da população sobre formas de contágio contribuiram para que as pessoas aprendessem a conviver com o problema.


Hoje, 1º de dezembro, instituído como o Dia Internacional de Combate a Aids, serve para que o mundo reflita um pouco mais sobre a doença que, apesar de estar controlada, ainda mata e também se propaga. Por isso, sempre é importante difundir as formas de prevenção e, principalmente, acabar de vez com toda forma de preconceito que ainda possa existir.  


Numa análise sobre a Aids no Brasil um dado demonstra que é necessário não se descuidar um minuto sequer com a doença. Os jovens estão cada vez mais se infectando, principalmente mulheres de até 29 anos de idade.


No mundo, aproximadamente 34 milhões de pessoas vivem com HIV. Somente em 2010, 2,7 milhões de pessoas foram infectadas e 1,8 milhões morreram em decorrência da doença, a maioria devido ao acesso inadequado a serviços de tratamento e atenção. No Estado de São Paulo, a Aids matou no ano passado 8,6 pessoas por dia, em média, segundo balanço da Secretaria de Estado da Saúde com base no Programa Estadual de DST/Aids.


Apesar da epidemia de Aids ter mudado seu perfil desde o seu início, ainda há forte concentração de casos notificados entre homosesuais do sexo masculino, além de aumento proporcional de infecção entre os heterossexuais. O sexo seguro, com uso de preservativo, ainda é a melhor forma de proteção contra o vírus. Desta forma, toda forma de divulgação sobre a questão deve ser privilegiada todos os dias do ano e não apenas neste 1º de dezembro. 

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