Em meio às investigações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a oferta pública da Oi, a autarquia solicitou documentos e e-mails relacionados ao processo ao banco BTG Pactual, que atuou como coordenador da operação, segundo fonte envolvida nas discussões. O pedido foi feito entre julho e agosto. Procurado, o BTG não se posicionou.
O aumento de capital, realizado em abril em meio à fusão da Oi com a Portugal Telecom (PT), envolveu ativos da tele portuguesa. Em julho, a PT tomou calote de 897 milhões de euros da Rioforte, holding do Grupo Espírito Santo, o que fez com que as empresas revissem termos do processo de fusão. A companhia adquiriu papéis comerciais, mas a Rioforte, em dificuldades financeiras, não pagou o valor devido no vencimento. Os sócios brasileiros da Oi disseram que não foram informados da operação.
Procurada, a CVM informou que a reorganização societária envolvendo a Oi, que inclui a oferta pública, vem sendo objeto de análise. “A CVM pode, a qualquer momento, exigir esclarecimentos aos seus regulados, bem como realizar diligências e inspeções que considere relevantes para o trabalho de fiscalização do mercado de capitais no Brasil”, disse em nota.