Cidades

Detentos de Guarulhos farão curso preparatório para o Enem

Ao todo, serão 160 horas de aulas online, que começaram no último dia 25 e vão até o dia 22 de fevereiro.

Reeducandos custodiados em 53 unidades prisionais da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) farão um curso preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL). Ao todo, serão 160 horas de aulas online, que começaram no último dia 25 e vão até o dia 22 de fevereiro. 

Na Capital e Grande São Paulo, custodiados estão realizando o curso em unidades prisionais de Guarulhos, Santo André, Parelheiros e Butantã.

 

A medida foi possível após uma parceria do Grupo de Capacitação, Aperfeiçoamento e Empregabilidade da Coordenadoria de Reintegração Social (CRSC) da Pasta com o Instituto Seb, que cedeu 12 mil bolsas para os presos do Estado de São Paulo. Farão as provas do Enem 12.778 pessoas encarceradas. Por conta da pandemia de Coronavírus, as avaliações de 2020 também tiveram sua execução adiada – e ocorrerão nos dias 23 e 24 de fevereiro deste ano. 

 

Segundo Lucas Roberto Gonçalves da Silva, diretor do Grupo de Capacitação, Aperfeiçoamento e Empregabilidade da SAP, fazem parte do cronograma de estudos 100 videoaulas, apresentações de Power Point, 25 listas contendo exercícios com questões e 20 propostas de redação, além de um manual específico para correção dos textos. “Quando as pessoas privadas de liberdade têm a oportunidade de estarem melhor preparadas para o Exame Nacional é extremamente positivo para todo o ciclo da execução da pena e pelo trabalho desenvolvido pela SAP”, explica Silva. Ao término do cursinho, haverá entrega de certificados. 

 

As avaliações do Enem PPL têm o mesmo nível de dificuldade do Enem tradicional. A única diferença é a aplicação, que acontece dentro das unidades prisionais. Assim como no exame que será realizado agora em janeiro, os candidatos poderão utilizar o desempenho no Enem PPL como mecanismo único, alternativo ou complementar para acesso à educação superior. Em 2019, em todo o país, 46.240 privados de liberdade inscreveram-se.  

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