O giro baixo foi a tônica dos mercados na sessão de aversão a risco global desta quarta-feira, 10. No câmbio, a volatilidade inicial acabou sendo substituída no período vespertino por um movimento mais firme de compras, influenciado pelo sinal da moeda no exterior. A forte queda do petróleo lá fora penalizou as divisas dos países exportadores de commodities, como o real, sendo que, aqui, a desconfiança dos agentes com a economia doméstica ainda contribuiu para o movimento de fuga para o dólar.
A moeda terminou a sessão em alta de 0,66%, a R$ 2,6120, maior preço desde 15 de abril de 2005. Na máxima da sessão, verificada às 14h31, de R$ 2,6170 (+0,85%). Na mínima do dia, pela manhã, marcou R$ 2,5870 (-0,31%). O giro negociado no mercado à vista totalizou US$ 818,6 milhões, sendo US$ 722,9 milhões em D+2. No mercado futuro, o dólar para janeiro avançava 0,54%, a R$ 2,6255, às 16h34.
O vaivém das cotações pela manhã seguiu sinais mistos da moeda no exterior, influenciados pela China tanto na baixa quanto na alta. As vendas eram patrocinadas pela fraqueza da segunda maior economia do mundo, após divulgar dados de inflação abaixo das previsões. Isso puxou para baixo as divisas de exportadoras de commodities. Mas esse movimento era contrabalançado pela expectativa de uma rodada de medidas de estímulo por Pequim.
No Brasil, os leilões de swap contribuíram para as vendas de dólar, mas o movimento era contido pelos temores com o futuro da economia doméstica. O fluxo cambial, divulgado no começo da tarde, não influenciou as cotações. Na primeira semana de dezembro, segundo o Banco Central, o fluxo cambial ficou negativo em US$ 367 milhões.