O dólar começou a semana em baixa ante o real, com os investidores realizando parte dos lucros, uma vez que nas últimas seis sessões a moeda norte-americana avançou mais de 6%. O movimento nesta segunda-feira, 10, foi influenciado pela trajetória externa da moeda, que recuou durante boa parte do dia ante as divisas de países emergentes e relacionadas a commodities, tendo, contudo, à tarde, zerado as perdas, passando a subir.
Como reflexo, ante o real o dólar moderou o declínio na sessão vespertina para fechar na máxima, a R$ 2,555 (-0,43%) no balcão. O volume à vista era de US$ 753 milhões perto das 16h30, sendo US$ 679 milhões em D+2. No segmento futuro, o dólar para dezembro caía 0,16%, a R$ 2,570.
Os negócios no câmbio local se deram num ambiente de liquidez bastante limitada e em meio às incertezas que pairam sobre o mercado doméstico, principalmente as relacionadas à nova equipe econômica do governo Dilma. A presidente já avisou que só vai divulgar os nomes ao retornar da viagem à Austrália, onde será realizada a reunião do G-20 na semana que vem.
As mínimas ante o real foram atingidas pela manhã, em linha com o desempenho do dólar no exterior, onde o mercado continuou realizando lucros após os dados do payroll de outubro na sexta-feira terem vindo abaixo do esperado. Segundo o Departamento de Trabalho dos EUA, foram criados 214 mil empregos no país em outubro, enquanto os analistas aguardavam um saldo de 233 mil. Por aqui, os leilões de swap cambial do Banco Central também ajudaram.
À tarde, a queda do dólar perdeu fôlego, na medida em que a correção de baixa no exterior se esgotava. Na mínima, a moeda à vista marcou R$ 2,532 (-1,33%) no Brasil, às 11h03. Às 16h40, o dólar subia 0,23% ante o dólar australiano e 0,36% ante o dólar canadense. Avançava ainda sobre o rand sul-africano (+0,11%) e sobre o peso mexicano (+0,35%).