Estadão

Exportação de sucata ferrosa cresce 267,6% em 1 ano e soma 80,443 mil t em outubro

As exportações de sucata ferrosa, insumo essencial para a fabricação de aço, somaram 80,443 mil toneladas em outubro, volume 267,6% maior do que o registrado no mesmo mês de 2022, de 21,882 mil toneladas. O indicador é 18,2% na comparação com setembro, destacou o Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa), órgão de classe que representa mais de 5,5 mil empresas recicladoras.

O aumento nas vendas para o mercado internacional ocorre em um contexto de retração na demanda das usinas siderúrgicas domésticas. No acumulado do ano, as exportações somam um total de 655,2 mil toneladas, avanço de 99,3% em comparação a janeiro a outubro de 2022, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O presidente do Inesfa, Clineu Alvarenga, afirmou que houveram poucas mudanças em relação ao cenário de alta nas exportações nos últimos meses. O indicador é impulsionado pela baixa demanda de sucata ferrosa por parte das usinas siderúrgicas, que também sofrem com a queda nas vendas de aço. A entidade aponta ainda que a entrada do aço chinês no Brasil, com incentivos de ICMS, está prejudicando a reciclagem.

"A economia tem reagido lentamente e há um baixo consumo por aço da indústria automobilística e da construção civil (potenciais consumidores), mesmo com a reação do Produto Interno Bruto (PIB), puxada principalmente pelo setor de serviços", diz Alvarenga.

Os participantes do mercado brasileiro de sucata constatam um início de novembro fraco, com demanda limitada e preços congelados, além de maior pressão por mais redução dos preços no fim do ano, destacou o Inesfa a partir de dados da agência S&P Global Platts, que fornece preços-referência e <i>benchmarkets</i> para o mercado de commodities.

O instituto apontou, a partir de informações da S&P, que duas usinas do interior de São Paulo e do Rio de Janeiro já apresentaram cronogramas de paralisações para fins de manutenção até dezembro.

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