Após mais de 30 dias de paralisação, as fábricas da Volkswagen de Taubaté (SP) e de São José dos Pinhais (PR) retomaram parcialmente a produção na quinta-feira, 15, com o fim das férias coletivas dos funcionários.
A unidade de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, retoma atividades na terça-feira.
Após travar disputa comercial com a fabricante de componentes do Grupo Prevent, com a qual rompeu contrato, a montadora nomeou cerca de dez novos fornecedores de itens como estruturas de bancos e de carrocerias. Com isso, deixa de ficar dependente de apenas um parceiro.
No início da semana, o presidente da Volkswagen no País, David Powels, disse que a montadora vai acelerar a produção para um ritmo mensal superior a 50 mil carros entre outubro e novembro para repor os estoques consumidos durante a paralisação nas fábricas do grupo.
Antes de interromper a produção por falta de peças, a empresa fazia em média 35 mil automóveis por mês em suas três fábricas. Powels afirmou que, em razão da parada, a marca perdeu mercado pois ficou sem alguns modelos para venda.
“Nós tivemos durante os últimos 20 meses muitos problemas com um grupo de fornecedores. Agora, estamos resolvendo”, disse o executivo.
A direção do Grupo Prevent no Brasil afirma que já demitiu 700 trabalhadores em São Paulo e que poderá cortar mais, pois 85% de sua produção eram destinadas à Volkswagen.
A Volks alega que, desde 2015, quando o Prevent, de empresários da Bósnia, adquiriu várias fabricantes brasileiras com quem mantinha contratos, começou a ter problemas de desabastecimento. Por causa disso, a produção foi suspensa em 160 dias e 150 mil carros deixaram de ser produzidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.