Economia

Flexibilização monetária ajuda a reduzir custo do crédito, dizem diretores do BC

Os diretores do Banco Central (BC) que participam da reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington avaliam nas apresentações que estão sendo feitas na capital americana que o processo de flexibilização monetária em curso no Brasil deve, junto com medidas estruturais, contribuir para reduzir o custo do crédito.

De acordo com os apontamentos, publicados no site do BC, das apresentações que estão sendo feitas entre esta quinta-feira, 20, e sábado, 22, pelos diretores do BC Carlos Viana (política econômica) e Tiago Berriel (assuntos internacionais), a redução sustentável e estrutural do custo do crédito depende de uma série de reformas microeconômicas que visam a melhorar a eficiência e produtividade da economia.

Como exemplo dos esforços feitos pela autarquia nesse sentido, eles citam a agenda do BC (BC+) que, com medidas como a simplificação de regras de recolhimento dos depósitos compulsórios, busca reduzir custos de intermediação financeira, além de reduzir o risco de crédito e estimular a competição entre os bancos.

Conforme as apresentações feitas por Viana e Berriel, a taxa de juros real da economia – aquela que desconta a inflação – ainda está em processo de convergência. A continuidade da queda dos juros reais no futuro depende, segundo eles, de desdobramentos positivos que levem a uma diminuição da taxa de juros estrutural da economia – esta dependente de fatores como ganhos de produtividade, política fiscal e melhora do ambiente de negócios.

Os diretores do BC estão salientando ainda nos eventos em Washington que a taxa de juros ex-ante (ou seja, a projetada para o futuro) é a mais apropriada a se monitorar na condução da política monetária, já que essa é a variável que guia decisões econômicas.

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