Pela quarta semana consecutiva, a mediana das projeções para o IPCA do ano que vem, justamente onde está o foco de atuação do Banco Central neste momento, apresentou elevação no Relatório de Mercado Focus. A taxa subiu de 5,50% para 5,51% – há um mês, estava em 5,40%.
O BC promete levar a inflação para a meta de 4,5% no fim do ano que vem, mas recentemente, a autarquia vem chamando a atenção para “novos riscos” que surgiram para o comportamento dos preços. Pelos cálculos da instituição revelados no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, o IPCA ficará em 4,8% em 2016 no cenário de referência e em 5,1% no de mercado. Uma nova edição desse documento será divulgada no fim do mês que vem.
No caso da inflação de 2015, após a estabilidade nas estimativas na semana passada após 17 rodadas seguidas de elevação no boletim Focus, houve a segunda queda das previsões. A mediana para esse indicador passou de 9,29% para 9,28%. Mesmo assim, segue mais elevada do que a taxa projetada há quatro semanas, de 9,25%. No RTI de junho, o BC havia apresentado estimativa de 9% no cenário de referência e de 9,1% usando os parâmetros de mercado. Na última ata do Copom, porém, o BC informou que suas projeções para 2015 também subiram mais.
No Top 5, grupo dos economistas que mais acertam as estimativas, a mediana para o IPCA de 2015 permaneceu em 9,41%. Ainda assim, a projeção segue bem mais alta do que a de há um mês, quando estava em 9,27%. No caso de 2016, a previsão desse grupo aumentou de 5,37% para 5,40%. Quatro semanas antes estava em 5,41%.
Para a inflação de curto prazo, houve mudanças para baixo. A projeção para o IPCA deste mês caiu de 0,26% para 0,25%. Um mês antes estava em 0,30%. No caso de setembro, a taxa esperada passou de 0,38% para 0,37% – estava em 0,40% quatro semanas atrás. As expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente subiram na pesquisa Focus de hoje, passando de 5,63% para 5,65%. Há quatro semanas, estava em 5,67%.