Depois da constatação da forte queda do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, o Banco Central já identificou que a economia brasileira começou este ano com resultado negativo. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de janeiro teve baixa de 0,61% ante dezembro do ano passado com ajuste sazonal. O indicador, que ficou em 135,85 pontos, é o menor desde fevereiro de 2010. Naquele mês, o indicador exibia 135,43 pontos (dado revisado).
Em dezembro de 2015, o IBC-Br havia amargado uma baixa de 0,49% (dado revisado) – também na margem com ajuste. O índice de atividade calculado pelo BC estava em 136,69 pontos no final do ano passado.
O resultado do IBC-Br de janeiro ficou, portanto, abaixo da mediana das estimativas dos 25 analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, que era de estabilidade, e também abaixo das projeções. As estimativas oscilavam entre -0,42% a 0,50%.
Na série observada, sem ajustes, é possível identificar uma queda de 4,48% nos 12 meses encerrados em janeiro. Na comparação entre os meses de janeiro de 2016 e 2015, houve retração de 8,12%, também na série sem ajustes sazonais. Na série observada, janeiro encerrou com o IBC-Br em 127,92 pontos, também o menor nível nessa série desde fevereiro de 2010, quando estava em 127,61 pontos.
O indicador de janeiro de 2016 ante o mesmo mês de 2015 mostrou retração maior do que a apontada pela mediana (-7,30%), mas dentro do intervalo das previsões (-6,80% a -9,78%) dos 25 analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções.
Trimestre
O IBC-Br registrou baixa de 1,57% no acumulado do trimestre de novembro a janeiro na comparação com o resultado dos três meses anteriores pela série ajustada do Banco Central. Já na comparação de novembro a janeiro com idêntico período de um ano antes, o resultado do índice foi de queda de 6,74% pela série observada.
Revisões
Como de costume, o Banco Central revisou dados do Índice de Atividade Econômica na margem na série com ajuste. Em dezembro, o resultado foi alterado de -0,52% para -0,49%. Em novembro, o dado de -0,64% passou a ser de -0,46%. Em outubro, mudou de uma queda de 0,58% para 0,59%. Em setembro, a baixa de 0,60% deu lugar a um recuo de 0,59%. Em agosto, a redução foi mantida em 0,92%. A taxa de julho passou de -0,18% para -0,19%.
O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.