O Índice Bovespa teve nesta quarta-feira, 10, mais um pregão de ganhos firmes, favorecidos pela perspectiva positiva com a reforma da Previdência e pela trégua na instabilidade dos mercados de commodities. Em alta desde a abertura, o indicador chegou ao final do dia em alta de 1,62%, aos 67.349,72 pontos, maior pontuação desde 23 de fevereiro. O volume de negócios cresceu em relação aos últimos dias e somou R$ 8,5 bilhões, num sinal de maior participação dos investidores estrangeiros.
A Bolsa já iniciou o dia em alta, dando continuidade ao movimento da véspera, quando havia subido 1,15%. A conclusão da votação dos destaques ao texto-base da reforma da Previdência na comissão especial sustentou o ânimo nos negócios, assim como especulações otimistas quanto à capacidade de articulação do governo para aprovar a matéria no plenário da Câmara. Os dados de inflação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados mais cedo, agradaram os analistas e também contribuíram para o bom humor do investidor, a três semanas da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
A recuperação das commodities deu condições para sustentar as ordens de compra. A queda além do esperado nos estoques de petróleo nos Estados Unidos levou os contratos futuros da commodity a fecharam com ganhos superiores a 3%. Segundo o Departamento de Energia, os estoques de petróleo dos EUA caíram 5,247 milhões de barris na última semana, contra estimativa de redução de 1,7 milhão de barris. O petróleo WTI para entrega em junho fechou em alta de 3,16%, a US$ 47,33 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para julho avançou 3,06%, a US$ 50,22 o barril, na plataforma ICE.
As ações da Petrobras responderam com altas de 3,16% e 4,17%. Os papéis da Vale enfrentaram alguma instabilidade, principalmente no período da tarde e terminaram o dia com ganhos de 0,23% (ON) e 0,08% (PNA). As siderúrgicas seguiram em movimento de alta, tendo como destaque Usiminas PNA (+2,63%) e Gerdau PN (+2,51%). As ações do setor financeiro também tiveram desempenho positivo, com destaque para Banco do Brasil ON (+2,93%) e Bradesco ON (+2,12%).