Os juros futuros operam com viés de alta nesta segunda-feira, 23, na esteira do firme rendimento dos Treasuries de dez anos, que segue próximo de 3% ao ano, além do dólar forte ante o real e no exterior. Com o noticiário político sem novidades no fim de semana, o mercado de juros está com o foco na pesquisa Ibope sobre eleições gerais, que será conhecida na terça-feira.
Na sexta-feira passada, as taxas futuras fecharam em baixa na sessão regular, mas na sessão estendida o avanço dos juros dos Treasuries trouxe pressão de alta e as taxas mais longas fecharam com sinal positivo, perto da estabilidade.
Por volta das 9h41, o rendimento da T-note de 10 anos desacelerava para 2,9710%, após ter registrado no fim da tarde de sexta-feira 2,958%, seu maior nível desde janeiro de 2014, em meio a uma percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) poderá elevar juros com mais rapidez do que se imaginava anteriormente.
Para o banco ING, se o juro da principal referência de Treasuries ultrapassar 3% esta semana, será “um momento divisor de águas” que “poderá gerar alguns problemas” para os mercados emergentes mais vulneráveis
A agenda da semana traz ainda a nota do setor externo (quarta-feira); o resultado primário do Governo Central (quinta-feira); o resultado do setor público consolidado, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de abril e a Pnad Contínua de março, todos na sexta-feira.
Nesta segunda, foi revelado que o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou de 0,35% na segunda quadrissemana de abril para 0,32% na terceira leitura do mês.
Às 9h44, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2019 indicava 6,215%, de 6,214% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2020 estava a 6,91%, de 6,89% no ajuste de sexta-feira.
O DI para janeiro de 2021 estava a 7,91%, de 7,87% no ajuste de sexta-feira, enquanto o DI para janeiro de 2023 apontava 9,12%, na máxima, de 9,07% no ajuste de sexta-feira. No câmbio, o dólar à vista estava em alta de 0,73%, aos R$ 3,4340. O dólar futuro para maio subia 0,63%, aos R$ 3,4380.