Os juros futuros recuam na manhã desta segunda-feira, 26, em sintonia com o dólar ante o real, precificando a retomada das conversas entre Estados Unidos e China no fim de semana. A expectativa é de que as duas maiores potências econômicas mundiais possam chegar a um acordo, evitando uma guerra comercial.
Os investidores monitoram ainda a redução das projeções na Pesquisa Focus para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2018, de 3,63% para 3,57%, e também no Top 5 de médio prazo, de 3,67% para 3,41%, enquanto as estimativas para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) subiram de 2,83% para 2,89%.
Para 2019, a projeção para o IPCA caiu de 4,20% para 4,10% e, para o PIB, permaneceu em 3,00%. No Top5 médio prazo, o IPCA para 2019 caiu de 4,00% para 3,70%. Essas revisões não alteram as perspectivas de um novo corte de 0,25 ponto da taxa Selic, para 6,25% na reunião do Copom, em maio.
Às 9h45, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2021, mais negociado, indicava 8,02%, ante 8,07% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2023 cedia a 9,00%, ante 9,05% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista caía 0,41%, aos R$ 3,3027. O dólar futuro para abril recuava 0,32%, aos R$ 3,3025.
Estará no radar também, a partir das 13h30, a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que vai analisar o recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a condenação a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá.
Além disso, o Banco Central alterou o horário de divulgação das estatísticas monetárias e de crédito relativas ao mês de fevereiro. A nota, que seria inicialmente divulgada às 10h30, será publicada apenas às 14h30. Às 15 horas, o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, dará entrevista para comentar os dados da nota.
Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas informou que o Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado (INCC-M) ficou em 0,23% em março, mostrando aceleração ante a alta de 0,14% registrada em fevereiro. Também o Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 0,7 ponto em março ante fevereiro, alcançando 82,1 pontos.
Dessa forma, o primeiro trimestre foi encerrado com uma alta de 2,9 pontos ante o trimestre anterior e de 7,2 pontos, sem ajuste sazonal, sobre o mesmo trimestre de 2017. Já o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) acelerou em cinco das sete capitais pesquisadas na terceira quadrissemana de março em relação à segunda leitura do mês. No geral, o IPC-S acelerou de 0,12% para 0,14% entre os dois períodos.