Os juros futuros fecharam nesta segunda-feira, 19, estáveis em relação aos ajustes de sexta-feira, refletindo o compasso de espera do mercado pelas decisões de política monetária no Japão e nos Estados Unidos na quarta-feira, 21. A liquidez foi reduzida e a pouca movimentação esteve atrelada ao ambiente externo. No Brasil, o noticiário sobre o ajuste fiscal e indicadores da agenda foram apenas monitorados, sem força para mexer com os negócios.
Ao término da negociação regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2018 (87.700 contratos) fechou estável em 12,54%. O DI janeiro de 2019 (110.695 contratos) também encerrou com a mesma taxa do ajuste anterior, a 11,99%. O DI janeiro de 2021 terminou em 12,07%, de 12,08%, com 66.330 contratos.
Renato Botto, gestor de renda fixa da Absolute Invest, disse que o mercado operou em ritmo lento e nada fez preços hoje nas taxas. “Está todo mundo muito em cima dos estímulos monetários e, por isso, tudo o mais ficou relegado”, afirmou.
Os investidores evitaram ampliar suas posições à espera dos resultados dos encontros de política monetária, principalmente o do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), cuja decisão será conhecida na madrugada de quarta-feira. Na tarde da mesma quarta-feira, o Federal Reserve (Fed) anuncia sua decisão. Na avaliação de analistas, o banco central norte-americano deve manter inalterada a taxa básica de juros e indicar a possibilidade de um aperto monetário em dezembro.
Pela manhã, as taxas exibiram ligeira queda, em linha com o dólar em baixa ante as moedas de países emergentes e com o bom humor no exterior, por sua vez amparado em avanço robusto dos preços do petróleo, após informação sobre ataques de milícias a portos na Líbia. À tarde, o vigor da commodity esmoreceu, esfriando o recuo do dólar e colocando as taxas futuras perto da estabilidade, até com algumas máximas.
Na agenda, o Banco Central informou pela manhã que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve recuo de 0,09% em julho ante junho, em dado com ajuste sazonal, número abaixo do piso das estimativas do mercado (zero). Divulgou, ainda, a pesquisa Focus, segundo a qual a mediana das previsões para o IPCA de 2017, para o qual está hoje voltada a política monetária, permaneceu em 5,12%.