O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou na manhã desta quarta-feira, 19, a reconhecer erros na votação do requerimento de urgência para apreciação da reforma trabalhista e disse prever uma “bela votação” do mérito da proposta quando o texto vier ao plenário. Ao analisar a rejeição do requerimento, Maia disse que é preciso mais atenção nas próximas votações.
“A gente precisa ficar mais atento às votações para não levar susto, mas ontem (18) à noite mesmo a gente recompôs o resultado (na votação da recuperação fiscal dos Estados) e acho que daqui para frente as coisas vão caminhar bem”, avaliou.
Maia disse que a base governista está estudando a apresentação de um novo requerimento de urgência para tramitação do projeto. De acordo com ele, não houve traição entre os aliados na votação que derrotou o governo, mas sim “divergências”. “As pessoas não são obrigadas a dizer amém para o governo. Então cabe também àqueles que são a favor do projeto convencer aqueles da base que são contra”, concluiu.
Para Maia, se o resultado da votação foi diferente do esperado é porque os governistas erraram, incluindo ele, que encerrou a votação mais cedo. Maia disse que o erro foi não ter conversado com mais deputados que acabaram votando contra o requerimento.
Ele negou que a votação tenha acendido o sinal de alerta no governo. “A gente vai aprovar a reforma trabalhista com uma margem muito grande de votos. Acho que foi só um problema momentâneo, mas a gente está ajustando a base”, previu.