O líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), disse nesta segunda-feira, 17, que a palavra de ordem na base aliada é dar normalidade às atividades do Legislativo e Executivo independentemente dos desdobramentos das delações do ex-executivos da Odebrecht. Em reunião ontem, o presidente Michel Temer fez um apelo aos aliados para não deixar com que a Operação Lava Jato paralise os trabalhos.
“Temos de cumprir essa pauta para mostrar que o Executivo e o Legislativo estão funcionando”, revelou Moura à reportagem.
Moura afirmou que a Lava Jato teria potencial de prejudicar o andamento das pautas governistas se a oposição estivesse fora da artilharia dos delatores. Como as acusações atingem a todos, governistas e opositores, o líder considera que a oposição “não tem legitimidade” para fazer da tribuna do Congresso palanque contra o governo. “Diga quem foi que escapou? Eles (oposição) não têm legitimidade para criticar ninguém”, declarou o deputado. Ao todo foram oito ministros, 24 senadores e 39 deputados mencionados nos depoimentos.
Confiante, o parlamentar acredita que as reformas previdenciária e trabalhista passarão mesmo diante da turbulência política e que, ao fazer concessões no texto da Reforma da Previdência, o Palácio do Planalto conseguiu “distensionar” a base e reverter votos que seriam contrários à proposta. Agora, disse Moura, caberão aos líderes partidários e aos ministros de cada sigla fazerem o “convencimento” dos que ainda resistem. “O presidente Temer já atendeu no que poderia atender”, disse.