O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou ontem que pode não ser preciso recorrer ao aumento de carga tributária para cumprir a meta fiscal de 2017. Ele explicou que o governo tem uma série de alternativas para alcançar o esforço fiscal de R$ 55 bilhões, que seria necessário para fechar as contas no ano que vem.
“O esforço fiscal é de R$ 55 bilhões. Se nós cortarmos R$ 30 bilhões… Temos também R$ 30 bilhões previstos de concessões e privatizações. Podemos fazer IPO em algumas de nossas empresas públicas, podemos vender nossos campos petrolíferos. Enfim, se tivermos uma recuperação mínima na economia, que está havendo, seguramente não precisaremos usar impostos”, disse após participar de audiência com o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, em Porto Alegre.
Padilha sinalizou que, se o governo julgar que é preciso elevar ou criar impostos, isso ocorreria só em 2017, e não no curto prazo. “Se necessário for, depois de nós fazermos o dever de casa, numa discussão profunda com a sociedade, a gente poderá pensar quem sabe lá no ano que vem. Agora, a ordem é: não se fala em imposto. Primeiro, o dever de casa”, afirmou.
Para Padilha, as medidas anunciadas na quinta-feira, que consistem em passar um pente-fino na concessão de benefícios sociais, já são impopulares. “Seguramente elas não são nada populares. Estamos revendo pessoas que recebem auxílio-doença indevidamente há muito tempo e que certamente gostariam de permanecer recebendo, mas não vão.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.