Estadão

Países do Sudeste Asiático prometem acordo com a China para prevenir conflitos

Durante o encontro anual da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean, na sigla em inglês), realizado ontem na capital da Indonésia, os ministros de Relações Exteriores de países da região prometeram finalizar as negociações com a China para um pacto com o objetivo de prevenir conflitos no Mar da China Meridional. A China e os estados membros da Asean têm mantido conversas há anos sobre um "código de conduta", com normas e regras regionais destinadas a evitar um conflito nas águas da região.

O ministro de Relações Exteriores da Indonésia, Retno Marsudi, disse que a Indonésia, que preside a Asean neste ano, está pronta para sediar mais rodadas de negociações sobre o acordo proposto. Marsudi não entrou em detalhes, mas no passado a China acusou Washington de se intrometer no que chama de "disputa asiática".

A China tem sofrido intensas críticas por sua militarização na região, considerada estratégica, mas diz que tem o direito de construir em seus territórios e defendê-los a todo custo. O Vietnã, um dos quatro estados requerentes da Asean, expressou preocupação com a transformação da China de sete recifes em ilhas artificiais, incluindo três com pistas, que agora se assemelham a pequenas cidades armadas com sistemas de armas.

"Todos nós concordamos que deve ser uma implementação eficaz de acordo com o direito internacional, e o código de conduta deve atender a esses critérios", disse Sidharto Suryodipuro, chefe de Cooperação da Asean no Ministério das Relações Exteriores da Indonésia. "É uma fase exploratória. Não sabemos que forma vai tomar, mas como sabem a negociação é um processo chave que pretendemos intensificar", acrescentou.

Na sessão final da reunião da Asean, os ministros da grupo também concordaram em unificar a abordagem para implementar um acordo de cinco etapas, feito em 2021, entre os líderes do grupo e o líder militar de Mianmar, general sênior Min Aung Hlaing, que busca acabar com o agravamento da crise no país.

Fonte: Associated Press

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