Ao concluir o inquérito que investiga a participação de executivos da Andrade Gutierrez no esquema revelado pela Operação Lava Jato, a Polícia Federal indiciou o presidente, Otávio Marques de Azevedo, o ex-presidente Rogério Nora de Sá e outros quatro executivos da empresa por corrupção ativa, lavagem de dinheiro, fraude em licitações e crimes contra a ordem tributária.
Também foram indiciados pelos mesmos crimes o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, Mário Frederico Goes e Lucélio Roberto Goes, apontados pela força-tarefa da Lava Jato como operadores do esquema, e Flávio Lúcio Magalhães. O outro executivo da Andrade Gutierrez indiciado é Elton Negrão de Azevedo Júnior. Antonio Pedro Campello e Paulo Roberto Dalmazzo são ex-dirigentes da empreiteira.
O Ministério Público tem até a próxima sexta-feira para analisar o relatório e apresentar denúncia contra os indiciados. Caso seja apresentada e recebida pelo juiz da 13ª Vara Federal Sérgio Moro, que conduz as investigações da Lava Jato, os indiciados passam à condição de réus.
Defesa
“A Andrade Gutierrez reafirma que não tem ou teve qualquer relação com os fatos investigados pela Lava Jato. A empresa reitera que nunca participou de formação de cartel ou fraude em licitações, assim como nunca fez qualquer tipo de pagamento indevido a quem quer que seja. A empresa reafirma ainda que não existem fundamentos ou prova que justifiquem a prisão e o indiciamento de seus executivos e ex-executivos. A Andrade Gutierrez volta a afirmar que sempre esteve à disposição das autoridades para colaborar com as investigações e esclarecer todas as dúvidas o mais rapidamente possível, restabelecendo de vez a verdade dos fatos e a inocência da empresa e de seus executivos.”