A Polícia Civil mineira desbaratou quadrilha de roubo de cargas suspeita de ter causado prejuízo de aproximadamente R$ 2 milhões em dez ações praticadas nos últimos seis meses. O grupo roubava principalmente cargas de plástico e metal que eram transportadas nas BR-381, que liga Minas Gerais a São Paulo e ao Espírito Santo, e 116, no trecho que leva ao Nordeste brasileiro.
Segundo o delegado Marcus Vinícius Vieira, da 6ª Delegacia Especializada de Repreensão às Organizações Criminosas/Cargas (Deroc), as investigações em torno da quadrilha tiveram início há seis meses, após o roubo de uma carga de aço em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ao todo foram presas cinco pessoas, mas, de acordo com o policial, o grupo representa apenas um “núcleo” da quadrilha. “Vamos avançar nas investigações para chegar aos outros membros”, disse.
Os suspeitos foram presos em meio a um roubo na semana passada. Parte dos acusados havia roubado uma carga em Manhuaçu, na Zona da Mata mineira, e foi flagrada em João Monlevade, quando entregava o material a um intermediário que faria a venda do produto roubado. A polícia mineira já identificou empresas do próprio Estado, além de São Paulo e Rio de Janeiro que comprariam as cargas, mas os nomes não foram revelados.
De acordo com Vieira, os criminosos abordavam os caminhoneiros em postos de combustíveis e os motoristas eram mantidos reféns até que a carga fosse desviada. Além de Minas, o grupo agia em São Paulo e no Espírito Santo. Foram presos Ner Neves Júnior, de 50 anos, apontado como chefe da quadrilha; Carlos Nascimento Gonçalves, de 33; Felipe Frisco da Silva, de 32; Wendel Fernando da Silva Fernandes, de 39; e Gilson Shammai Costa, de 40, acusado de intermediar as negociações com os receptadores.