Esportes

Procuradoria do STJD prova ação da PM em São Januário e culpa Vasco por confusão

A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) aprovou nesta segunda-feira, no Rio, a ação dos policiais militares que trabalharam no clássico entre Vasco e Flamengo, disputado no último dia 8, em São Januário, que terminou com a vitória do time rubro-negro, muita confusão nas arquibancadas e a morte de um torcedor vascaíno nos arredores do estádio cruzmaltino.

No julgamento, a Primeira Comissão Disciplinar do STJD puniu o Vasco pelas infrações, determinando a perda de seis mandos de campo, multa de R$ 75 mil pelas desordens e manutenção da interdição do estádio até o cumprimento das exigências. Ainda cabe recurso e o caso deverá ser definido no Pleno do tribunal.

O subprocurador-geral da Justiça Desportiva, Luciano Hostins, defendeu a atuação dos homens do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (GEPE). No entendimento do representante da Procuradoria, a intervenção dos PMs evitou que uma tragédia maior fosse registrada.

Ainda de acordo com Luciano Hostins, todos os atos descritos nos incisos do artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) se caracterizaram: desordens, tentativa de invasão de campo, lançamento de objetos e falta de infraestrutura necessária para segurança dos torcedores, conforme descrito no artigo 211 da mesma legislação.

Por outro lado, o responsável pelo departamento jurídico do Vasco, Paulo Rubens Máximo, reafirmou a posição do clube carioca sobre o tumulto e acusou a Polícia Militar do Rio de Janeiro de causar a tragédia ao lançar bombas de efeito moral e spray de pimenta sobre os torcedores. O dirigente vascaíno garantiu que cumpriu todos os requisitos de segurança e cobrou a revisão da decisão.

“Um incidente aconteceu? Não há como negar. Agora dizer que São Januário não tem condições, precisa ser interditado, é um absurdo. A defesa espera que seja absolvido e seja revogada liminar de interdição. O clube não quer se eximir de sua responsabilidade. Essa responsabilidade objetiva há de ser mitigada por fatores externos e alheios a vontade do clube. O que o Vasco sofreu é um atentado terrorista”, frisou o advogado que representa o clube cruzmaltino no processo.

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