Economia

Sartori diz que mudança na reforma da Previdência não afeta o RS

O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), afirmou na manhã desta quarta-feira, 22, que a exclusão dos servidores estaduais e municipais da reforma da Previdência no Congresso não afeta o Estado, uma das unidades da federação que chegaram a decretar situação de calamidade financeira. O Rio Grande do Sul já fez mudanças na Previdência estadual e cumpriu seu papel na reforma, disse.

Durante o lançamento do programa InvestRS, no Palácio Piratini, sede do governo estadual em Porto Alegre, Sartori afirmou que o Rio Grande do Sul já encaminhou mudanças na Previdência dos servidores e não precisa fazer novos esforços com o anúncio do presidente Michel Temer (PMDB) em alterar a reforma. “Eu prefiro olhar o esforço que temos feito, aquilo que o Estado já fez desde o início do nosso governo. O aumento da contribuição para 14% já foi feito e a previdência complementar estadual está em vigor. O que aprovamos na Assembleia Legislativa foi fruto de uma construção coletiva e ajuda a desenhar um novo futuro”, disse Sartori. “Então na nossa caminhada isso não nos afeta porque já cumprimos nosso papel”, completou.

Durante o discurso, o governador gaúcho afirmou que o Estado tem feito um esforço para garantir o futuro, mas que essas ações não estão sendo valorizadas nacionalmente porque as coisas são “generalizadas” no País. “Todo mundo fala mal de todo mundo, coloca para baixo tudo. Para colocar para frente e olhar para o futuro não tem ninguém”, afirmou.

O governador falou que ainda falta muita coisa para “garantir o futuro”, mas que é preciso implementar as medidas gradativamente. “Falta muita coisa, quem quer mudar tudo acaba não mudando nada. Por isso é preciso fazer em etapas, tudo é um processo de construção”, declarou – afirmando que ele era cauteloso com mudanças no setor público.

O Rio Grande do Sul espera a aprovação do plano de recuperação fiscal dos Estados proposto pela União e que está em discussão no Congresso e exige as contrapartidas dos governos regionais para terem o socorro financeiro. O Estado é considerado o segundo da “fila” para receber o socorro, após o Rio de Janeiro.

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