O presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e presidente em exercício da Fiesp, Benjamin Steinbruch, amenizou o tom de suas críticas recentes em relação ao governo e disse nesta segunda-feira, 29, em coletiva de imprensa, que as conversas com o governo têm evoluído de forma positiva. “A indústria precisa de apoio, e o governo tem nos dado.”
As medidas anunciadas hoje para incentivar as exportações, segundo o empresário, poderão ajudar para que a indústria ganhe certa agilidade, de forma a conquistar mais espaço no cenário externo. “Buscamos uma solução para amenizar o problema da indústria no Brasil, em termos de ganharmos mais competitividade”, disse Steinbruch.
Segundo ele, a indústria brasileira tem sofrido diante do fraco desempenho da economia, que diminuiu a demanda no mercado interno. O empresário disse que a indústria tem tentado se apoiar nas exportações para conseguir diminuir os estoques que têm se acumulado ao longo dos últimos meses.
“Estamos tendo um problema maior com o desaquecimento da economia e o governo está fazendo o possível para fazer o mercado interno voltar à normalidade, para assim a indústria poder voltar a andar a plena capacidade”, disse.
O presidente da CSN contou que a indústria pediu que o governo tente viabilizar um Reintegra superior a 3%. “Estamos vivendo algo pontual, com o acúmulo dos estoques e por isso nosso esforço de buscar a exportação até o retorno do mercado interno”, afirmou, dizendo que um mercado doméstico mais fortalecido “certamente” virá no próximo ano e “quem sabe” ainda neste ano.
Steinbruch disse que as medidas são ainda mais importantes neste momento em que o real está valorizado em relação ao dólar, fato que tem prejudicado a competitividade das companhias ao colocar produtos no exterior.