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Sumiço de Pandora ganha ares de novela sem fim em Guarulhos

Já são 27 dias de uma busca sem fim pela cachorra Pandora, que desapareceu após uma conexão no Aeroporto de Guarulhos em 15 de dezembro. O garçom Reinaldo Junior viajava de Recife, em Pernambuco, para Navegantes, em Santa Catarina, em um voo da Gol, quando sua vira-latas fugiu da caixa onde era transportada no Terminal de Cargas. Imagens das câmeras de segurança mostram que Pandora circulou pelo aeroporto de Guarulhos antes de desaparecer.

Reinaldo iria morar e trabalhar na Suíça como chapeiro, mas antes ficaria um mês em Navegantes, junto com Pandora, que adotou há cinco anos. Durante a conexão em Guarulhos, recebeu a informação que a cachorra havia fugido da caixa e desaparecido. Imediatamente, o garçom foi em busca de informações e começou uma “caçada” em busca daquela que considera sua filha. “Ela tem a cama dela, mas não é uma cama de pet, é uma cama de solteiro. Mas ela só dorme comigo, na cama de casal”, contou ao Fantástico, em reportagem que foi ao ar neste domingo.

De um hotel em Guarulhos, pago pela Gol, Reinaldo comandou as buscas visitando diversos bairros da cidade e seguindo todas as pistas que lhe chegavam por meio de pessoas que se envolveram no desaparecimento. Grupos de cuidadores da cidade e de São Paulo se aliaram na causa, que vai além de Pandora e já se tornou tema de debate no país: uma legislação específica para o transporte de pets pelas companhias aéreas.

Durante sua busca, Reinaldo conseguiu as imagens que mostram a cachorrinha circulando em áreas restritas do aeroporto. A princípio, a Gol disse que Pandora teria danificado a caixa de transporte e escapado. Depois, falou que a porta da caixa se abriu porque houve desencaixe da grade com o material plástico, provavelmente causado por força interna.

Na última semana, a companhia cancelou o hotel que estava pagando para o tutor e suspendeu as buscas que uma empresa fazia pela cachorra. Reinaldo recorreu à Justiça, que fez com que a companhia seguisse bancando o hotel e as buscas.

A Gol disse que ofereceu assistência psicológica para Reinaldo e que vai revisar as etapas que envolvem transporte de animais pra isso jamais voltar a acontecer. Disse também que não tem acesso ao terminal de cargas para onde a Pandora foi quando escapou. Precisou pedir autorização para a Receita Federal e para a segurança do Aeroporto.

A Gru Airport, concessionária que administra o aeroporto em Guarulhos, disse que, logo que foi notificada pela Gol, mobilizou equipes para auxiliar nas buscas por Pandora.

Neste final de semana, diferentes grupos de protetores realizaram buscas em bairros no entorno do Aeroporto. A todo momento, chegam informações de que Pandora poderia ter sido vista em um local ou outro. Mas por enquanto apenas alarmes falsos. Reinaldo segue atrás de sua vira-latas, enquanto o país torce para um final feliz.

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