Opinião

Um dia que pode entrar para a história

Sem exageros, o Brasil vive hoje um dia de decisão no esporte mais popular do país. Um dos times de maior torcida, o Corinthians, tem a oportunidade de se sagrar campeão da Copa Libertadores da América, a competição continental mais desejada por clubes deste continente. Assim, não é de se estranhar todo esse clima de disputa tão disseminado por toda a mídia. Hoje é Corinthians contra quem não é Corinthians. Pouco importa para os torcedores de outros clubes brasileiros que do outro lado do campo esteja uma equipe da Argentina, o país que mais rivaliza com o Brasil nos mais diferentes esportes. Lógico que existem aqueles palmeirenses, sampaulinos e santistas que até pensam de forma diversa, mas essa história de que o “Corinthians é o Brasil na Libertadores” não passa de  frase feita sem grandes reflexos na realidade.


Desta forma, no momento em que Corinthians e Boca Junior entrarem no gramado do Pacaembu a maior parte das atenções no país do futebol se voltarão para o que os 22 protagonistas deste espetáculo fizerem dentro das quatro linhas. Não à toa toda a emoção de gente das mais diversas idades, que extrapolam suas paixões e colocam nos pés dos jogadores toda a esperança de finalmente conquistar um título tão esperado. Lógico que os do contra também estarão ligados no objetivo de secar os comandados pelo técnico Tite.


De tudo isso, espera-se que – independente do resultado em campo – os torcedores saibam se respeitar mutuamente a fim de que nada de errado ocorra na comemoração de uma vitória ou no lamento de uma derrota. Ganhar ou perder faz parte de qualquer jogo. Porém, a vontade daqueles que aguardam há tamto tempo para gritar “é campeão da Libertadores” não pode nem deve superar os limites da razão.


Ao final dos 90 minutos de jogo – ou talvez das penalidades máximas – apenas um time se sagrará campeão das américas. Que seja um brasileiro. Que seja o Corinthians. Que realmente o 4 de julho, no Brasil, entre na história como um dia de festa. Porém, caso dê Boca Junior, que a torcida alvinegra saiba entender o maior sentido do esporte.

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