Cidades

Uma nova era

Em outubro de 2006, encerrou-se uma era chamada Schumacher (por mais que não goste do alemão, o capacete vermelho, amarelo e branco deixará saudades pela genialidade), assim como em 1994, uma era chamada Senna (sem comentários, certo?).

 Só que com uma grande diferença. O final de um, em glória. Do outro, trágico.


Em 2007 por mais que a F1 tenha um bicampeão (não quero tirar os méritos do espanhol Fernando Alonso), há uma série de mudanças, pilotos bons em carros ruins, horríveis pilotos em carros bons, pilotos medianos em equipes também medianas (vice e versa e blá, blá, blá, …..) motores, pneus, classificação, treinos, pistas. 


Na primeira corrida do ano, por incrível que pareça, Raikkonen (o azarado, mas nem tanto!) parece que também começou uma nova era em sua carreira, entrando com o pé direito na Ferrari (e no acelerador). A corrida em si teve poucas emoções, a principal delas foi um acidente envolvendo Coulthard e Wurz, na qual o escocês atropelou o carro do austríaco e quase proporcionou novo luto na F1, pois o carro da Red Bull passou por cima do cockpit do carro de Grove a míseros 20 cm do capacete.


Pela segunda colocação, a briga ficou por conta dos pilotos da Mclaren com Hamilton (o melaninado vai dar trabalho) à frente de Alonso por um bom tempo, sendo superado na parada de box.


A BMW realmente fez um carro muito bom, visto pela corrida e pela quarta posição de Heidfeld, mas não muito confiável já que o novato Kubica foi traído pelo câmbio de seu carro.


Fisichella provou que a Renault vai passar um ano sabático, amargando posições fora do pódio e Kovalainen que se cuide, que após a corrida desastrada que fez e a tv flagrou, Nelsinho Piquet assistindo a prova ao lado de Briatore, a imprenssa européia já dá como certa a substituição (um pouco cedo, mas onde há, fumaça há fogo).


Felipe Massa fez o que pôde, mas preferiu garantir pontos ao arriscar uma corrida até certo ponto boa (se quiser ser campeão vai ter que mostrar mais que isso, apesar das circunstâncias serem totalmente adversas).


A Williams fez um carro infinitamente melhor que o do ano passado, mas se quiser voltar aos áureos tempos vai ter que trabalhar muito, ao invés de brigar com Toyota que apesar dos péssimos testes na corrida se mostrou melhor do que aparentava, fato comprovado com a posição de Rosberg à frente da Ralf e Trulli.


Outro pé de guerra deverá acontecer no planeta sobre rodas (Honda), que além de ter um carro extremamente instável, não conseguiu administrar a posição de seus pilotos na pista, pois Button – com o carro mais pesado – segurou Barrichello por mais de oito voltas, sendo que o brasileiro era cerca de dois segundos mais rápido que ele. Para quem ano passado foi a equipe que mais marcou pontos na segunda metade do campeonato, desejar ser campeã ou lutar por vitórias este ano e ainda tomar pau de seu time B (Super Aguri), é pretensão demais.


Por fim Red Bull, Toro Rosso e Spyker, as duas primeiras com tudo que uma equipe pequena gostaria de ter, dinheiro, suporte, bons patrocinadores, um gênio como projetista (Adrian Newey, vai ter que dar muito energético para os carros, para que criem asas) e pilotos experientes (Webber rodar na entrada de box, dentro da própria casa é demais né?). A Spyker sobrou, o título de pior equipe, por enquanto, pois atrás dela não tem mais ninguém.


Dentro de mais 15 dias teremos o GP de Sepang (Malásia).


Um grande abraço a todos.


Fabio Sylvestre é colaborador do GuarulhosWeb

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