Política

Decisão da Justiça Eleitoral favorece Márcia Taschetti, que assume mandato e tira petista da Câmara

Fernanda Curti, do PT, perde a cadeira com a decisão

A advogada Márcia Taschetti (PP) é a nova vereadora de Guarulhos, de acordo com decisão do juiz Manuel Pacheco Dias Marcelino, do Tribunal de Justiça (TJ-SP), que homologou a candidatura de Anderson Marques (Kichut), também do PP e, com isso, validou os votos recebidos pelo candidato, que deixaram a sigla à frente do PT na ‘sobra’ de eleitores. Portanto, Fernanda Curti (PT) perde a cadeira.

A candidatura de Kichut estava sub júdice por “dupla filiação”, contudo a decisão de Pacheco reverte a situação. Outra decisão que favorece a sigla de Taschetti foi da juíza Maria de Fátima Guimarães Pimentel de Lima, que determinou recontagem de votos, alegando “a alteração jurídica de alguns candidatos”. No próximo dia 25 haverá uma espécie de auditoria na apuração da eleição para vereador no município.

A sobra do sistema proporcional

A sobra que culminou na conquista da vaga da doutora Márcia faz parte do novo sistema de eleição no Brasil, que leva em consideração quociente eleitoral, quociente partidário, média e sobra de votos por partido.

O sistema nem sempre elege o candidato com a maior quantidade de votos. Em Guarulhos, por exemplo, com cerca de 15 mil votos na legenda a sigla elege um vereador, aquele com maior número de eleitores dentro do partido. Por exemplo, a cada quantidade x de votos, uma cadeira é garantida. A cada 32 mil votos, duas vagas são asseguradas. Para 48 mil, serão três.

Os partidos que não alcançarem a quantidade de votos necessárias para atingir a média necessária, disputam a sobra, que são vagas na Câmara ocupadas por partidos que não conquistaram, por exemplo, os 16 mil votos, mas se aproximaram dele, inclusive os que já elegeram vereadores. No caso do PT, Janete Pietá (6.461 votos), Professor Rômulo (5.794 votos), Marcelo Seminaldo (5.430 votos) e Maurício Brinquinho (5.249 votos), conquistaram vagas dentro da média de votos do partido. Fernanda Curti, com 4.405 votos, foi eleita na sobra de 11.907 votos da sigla. A decisão de validar os 519 votos de Kichut deixou o PP com 11.934, elegendo Márcia Taschetti no lugar de Fernanda.

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