As bolsas europeias terminaram sem direção única nesta sexta-feira, 24, antes da esperada votação do projeto de saúde nos EUA, marcada por incertezas e que deve acontecer hoje à tarde na Câmara dos Deputados.
A bolsa de Londres terminou em queda de 0,05%, aos 7.336,82 pontos; Paris recuou 0,24%, aos 5.020,90 pontos, e Frankfurt avançou 0,20%, aos 12.064,27 pontos. A bolsa de Milão teve alta de 0,10%, aos 20.188,02 pontos, Madri perdeu 0,15%, aos 10.309,40, enquanto Lisboa fechou com acréscimo de 0,44%, aos 4.688,00 pontos.
Na semana, Londres perdeu 1,19%, Paris caiu 0,17% e Frankfurt recuou 0,26%. Por outro lado, a bolsa de Milão terminou com ganho acumulado de 0,57%, Madri ganhou 0,62% e Lisboa avançou 1,61%.
A volatilidade deu o tom nos mercados, enquanto os investidores aguardam pela votação (marcada para acontecer às 16h30 de Brasília) do projeto de saúde apoiado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que tem como objetivo revogar e substituir o programa Obamacare. Sem apoio suficiente entre conservadores, moderados e outros grupos republicanos, a liderança do Partido Republicano na Câmara cancelou ontem a tão aguardada votação. Logo depois, Trump exigiu que a votação acontecesse hoje, ameaçando manter o atual sistema e seguir para tratar de outros temas, caso perca a votação.
Se o projeto não for aprovado, a força de Trump para aprovar outras medidas de estímulos econômicos poderia ser minada. E as incertezas ainda são muitas. No final dos negócios na Europa, o líder da Câmara, o republicano Paul Ryan, foi para a Casa Branca para informar Trump sobre a dificuldade em obter os votos necessários para a aprovação do projeto de lei.
“Os mercados, que antes acreditavam no triunfo de Trump, agora mudaram para o lado oposto em meio ao temor de que nenhum dos objetivos de Trump será alcançado”, disse Chris Beauchamp, analista de mercado do IG. Com isso, as ações de bancos foram penalizadas.
Entre os setores que lideraram as quedas está o segmento se seguros. Hoje, o grupo Aegon divulgou seu relatório anual e antecipou várias incertezas financeiras e econômicas, levando suas ações a queda superior a 5%. Ainda na região, o Produto Interno Bruto (PIB) da França cresceu 1,1% entre outubro e dezembro ante igual período do ano anterior. Na estimativa anterior, divulgada no fim de fevereiro, o Insee havia calculado avanço de 1,2%.
Já o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, que mede a atividade nos setores industrial e de serviços, subiu a 56,7 em março, de 56 em fevereiro, atingindo o maior nível desde abril de 2011, segundo dados preliminares publicados hoje pela IHS Markit. (Com informações da Dow Jones Newswires)