Economia

Deputados cobram que liderança do PSB na Câmara cumpra decisão da Executiva

Diante da exposição da divisão interna da bancada do PSB, deputados que são contra as reformas propostas pelo governo cobram que a determinação do partido seja seguida sob pena de destituição da líder Tereza Cristina (MS). O argumento é que a decisão da Executiva Nacional em fechar questão contra as reformas trabalhista e previdenciária tem de ser cumprida pela bancada na Câmara, independentemente da vontade da ala governista no partido.

Nesta terça-feira, 25, a ala anti governo orientou voto à favor de um requerimento de retirada do projeto da pauta da comissão especial, mas na sequência a líder desautorizou o grupo e liberou o voto dos que queriam votar com o governo. Tereza argumentou que a orientação do partido era sobre o mérito da proposta e não sobre um requerimento.

Estava prevista para o final desta tarde uma reunião da bancada para debater a decisão da Executiva, mas o agendamento do plenário para a reunião foi cancelado. O grupo que defende o governo Michel Temer busca uma forma de reverter a decisão da cúpula do partido. Na segunda, após a reunião da direção da legenda, dirigentes avisaram que os deputados que não seguirem a orientação do partido estarão sujeitos a advertência ou mesmo expulsão.

“A decisão não pode ser entendida como se não tivesse consequência”, lembrou o deputado Tadeu Alencar (PSB-PE). O parlamentar evitou falar em substituição de Tereza, mas disse que é preciso acompanhar o comportamento da bancada após a decisão do partido. “Não é razoável que a Executiva se posicione e o partido faça tabula rasa”, completou.

O deputado Bebeto (PSB-BA) lembrou que a votação na Executiva foi expressiva pelo fechamento de questão e que os deputados que ainda resistem “querem ser mais governo que o próprio governo”. “Estamos sob o manto de uma decisão política. Vamos discutir hoje (na bancada) um tema que é matéria vencida”, criticou.

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